A definição básica é que o Burning Man é um festival de contracultura, um experimento social de arte, comunidade, autoexpressão e autossuficiência. Acontece no final de agosto no deserto de Black Rock, no estado americano de Nevada, durante 7 dias, reunindo cerca de 70 mil pessoas.
Segundo conta a lenda, o Burning Man teve a primeira fogueira queimada em 1986 quando, em um ato catártico de criatividade espontânea, Larry Harvey (um dos fundadores) queimou uma efígie giga de um homem numa praia de São Franscisco. Esta experiência de reconciliação e de nascimento cresceu rapidamente em um ritual anual com centenas de pessoas, que foram crescendo vertiginosamente a cada ano e fizeram o festival se mudar para um lugar maior, no caso, o atual remoto deserto de Black Rock, local nada hospitaleiro, mas que é transformado em uma aldeia do amor pelos Burners.
A percepção que as pessoas têm é outra. Muita gente acha que é um grande festival de música eletrônica, como uma Tomorrowland ao cubo. Tem quem ache que é um antro de perdição, nudez e libertinagem sob o efeito de psicotrópicos. Na verdade, o Burning Man é meio que é todas essas coisas ao mesmo.
No fundo, o Burning Man é uma celebração da auto-expressão artística para quem têm uma visão utópica do mundo. Para alguns é um festival exótico e curioso para se dançar a noite toda, andar nu em bicicletas e participar dos jogos de Slut Olympics – uma maratona de jogos safadinhos e com pouca roupa (viva o verão!). Para outros, é puramente sobre a criação de um sentido espiritual de unidade em uma comunidade intencional
O Man é um boneco gigante de madeira, queimado no penúltimo dia. Mesmo não sendo o último evento, sua queima divide com o Templo a fama de ser um dos mais importantes acontecimentos do Burning Man, justamente por dar nome ao evento e ser uma das principais e maiores esculturas em toda a cidade.
Não existe uma explicação oficial da organização sobre o porquê da queima do Man e das outras esculturas, mas o mais comum é dizerem ser uma forma de representar catarse e o desapego das coisas que não fazem bem a você ou que atrapalham a sua evolução.
Todas as obras de arte do evento são queimadas, começando na sexta-feira à noite. A queima do Templo ocorre no domingo à noite e serve como último grande evento do Burning Man.
É um lugar de energia muito forte e bem emocionante. Chorei muito em todas as minhas visitas, a ponto de ter de sair para me recompor. Muitas pessoas deixam fotos ou escrevem nas paredes os nomes de parentes, familiares e amigos que faleceram, ou de parceiros em relacionamentos que não deram certo, para que vão embora com as chamas em um ritual para encontrar um ponto final.
Pense numa cidade espontânea de 70 mil habitantes no meio do deserto. A organização do evento define as ruas, mas habitá-las é tarefa dos burners (como são chamados todos os participantes do festival). As pessoas chegam, montam suas barracas, estacionam seus trailers ou motorhomes, e desmontam tudo e vão embora depois de 7 dias.
cidade tem serviços de uma cidade como outra qualquer: atendimento de saúde, policiamento, saneamento (ok, banheiro químico, mas tá valendo), enfim. Tem até um aeroporto municipal de verdade, com o código 88NV. E o papel da organização do evento é mais ou menos esse.
Todo o resto, os acampamentos, os bares, os DJs, as instalações de arte, tudo é construído pelos participantes no espírito da doação, do esforço comunitário e da participação. São 70 mil pessoas construindo um festival em comunidade. Entendeu por que tem um milhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo?
O festival não tem line-up, não tem atrações pré-definidas. Quem faz do Burning Man o que ele é são os participantes. As pessoas se reúnem em theme camps (“acampamentos temáticos”) com o propósito de doar alguma experiência à comunidade.
Alguns acampamentos montam bares e levam rios de cachaça pra distribuir pras pessoas. A galera distribui sanduíches, sorvetes, comida típica de onde vieram. Outros camps trazem DJs muito loucos pra tocar. Outros oferecem aulas de yoga, meditação, muito misticismo. Outros ainda criam obras de arte interativas e criativas pras pessoas participarem, como uma floresta. Organizam eventos malucos tipo um pub crawl pelado ou uma marcha dos coelhinhos, das bananas ou das mulheres barbadas. Projetam veículos mutantes absurdos que levam a galera pelo deserto.
E não são só os acampamentos. Pessoas normais como eu e você, no espírito da autoexpressão radical, usam essa oportunidade pra botar pra fora toda a sua criatividade e liberdade, e até o simples ato de estar presente se torna artístico.
É muita coisa, muita coisa mesmo. É impossível ver tudo em 7 dias, até porque tudo muda muito rápido. É isso que torna esse lugar tão especial.
Fonte: Travel Monster
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